Seguras nas mãos um Globo que pensavas inocentemente ser azul...terá espasmos de cor por ventura, mas direi que antes se descreve por tons cinzento e uns brancos magníficos, mas detentores de pouco espaço visível e temporal.
Por vezes sentes que, por alguma razão, não deverias permanecer aqui, perto de tudo e apenas com uma transparência que acaba por te tornar invisível. Esta invisibilidade que para ti te desgasta e derrota, sem piedade ou cumplicidade deste Globo, que na mais nu das crueldades se ri no teu rosto tão límpido como oculto e te mata.
Por vezes sentes que, por alguma razão, não deverias permanecer aqui, perto de tudo e apenas com uma transparência que acaba por te tornar invisível. Esta invisibilidade que para ti te desgasta e derrota, sem piedade ou cumplicidade deste Globo, que na mais nu das crueldades se ri no teu rosto tão límpido como oculto e te mata.
Mas nunca desistes e isso faz de ti alguém que na profundeza do teu verdadeiro Ser, pode ser entendido como um Ser Humano diferente.
Detestas que te descrevam como um Ser especial e serenamente justificas que não, apenas mais um Ser no meio deste Globo a transbordar de Vidas perdidas e achadas.
Sem saberes vais destruindo na tua passagem cenários de magias e perfeições que tocam o irreal...e no entanto tão saborosas como as que crias, idolatras e constróis na tua cabeça.
Quantas vezes não jogaste os dados numa arena na busca de percepções, olhares, consistência...procura da magia que criaras no teu imaginário de emoções e sentimentos ténues de quem navega sem conhecimentos e apenas confiando nos ventos.
Sentes o som dos bombos a chegar e no nevoeiro ainda não vislumbras qualquer aparência com forma ou cheiro...apenas sentes o coração a vibrar por mais uma chegada a lugar desconhecido.
Como que ostentando o peso de uma humanidade, ergues-te na proa da tua viagem e com um ar de criança deixas os teus olhos criarem a ilusão do engano e com voz de comando soas a ordem do nada, quando paralelamente cresce em ti um friozinho pela espinha, provocado pelo aroma do visto e novamente ignorado...apenas porque não suportas mais esta luta desigual.
Saber o porque dos sonhos, o porque destes sabores que sentes, quando por demérito teu denotas que nada fazes e por essa mesma razão nem devias estar a questionar esta ideia.
Na verdade sentes que por momentos seguraste as chaves das portas, mas as ruas estão cada dia mais frias e os tons cinzentos crescem com uma força vazia de esperanças e coragens.
Os ventos já sopraram fortes e com Vida, mas agora sentes que não conheces estes novos ventos, mas pior seria não tentares....
Então sem explicações possíveis e conquistáveis de um ser terreno sozinho e abandonado, tu depositas as tuas últimas forças, esperanças e coragens num espelho que sempre foi a tua vida e um espaço vazio começa a preencher-se.
Nesta lucidez que dirias louca, tu apostas tudo apenas na tua procura e no fundo voltas a escutar os tambores a crescer...crescer, crescer e voltas a sentir que não dormes sozinho.
Escuta esses Tambores, esses Bombos a crescer...
Frequência de Vida: Coldplay - Viva La Vida
eu rufo o meu tambor para ti para que saibas que nunca te abandono meu amigo* =)
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