Ainda me lembro...
Corria pela rua e não percebia, não fugia...corria a alta velocidade!
Recordo aquelas paragens nas noites passadas à volta de uma fogueira, onde as conversas ternas e os amigos por onde passava davam calor e aqueciam a noite fria, nessas fogueiras aconteciam...histórias contadas e acordes soltos a flutuar em maresias e nascer de dias por entre ramos e folhas.
Recordo aquelas paragens nas noites passadas à volta de uma fogueira, onde as conversas ternas e os amigos por onde passava davam calor e aqueciam a noite fria, nessas fogueiras aconteciam...histórias contadas e acordes soltos a flutuar em maresias e nascer de dias por entre ramos e folhas.
Folheava páginas atrás de páginas brancas com uma sede louca de escrever tudo no curto espaço de tempo que teimava dizer existir, sádico consumista que sentia esse sofrimento de não conseguir fazer tudo o que queria e o que ainda não me era permitido sequer fazer, um agarrado pelo tempo em fuga......cheguei a pensar que poderia usar os meios segundos fazendo assim dobrar o dia e conseguir dessa forma estar e fazer algo mais do que não via acontecer e queria espreitar sentir.
Vozes e mais vozes dizendo...deixa o mundo girar e tudo vai acontecer se for para ser!
Mas eu não aceitava e ia abrindo portas atrás de portas sem me cansar, espreitava o escuro de cada espaço e preenchia-o da minha forma, pintava telas e escrevia mais folhas no meu livro de vida. Via reflexos em espelhos que me faziam doer bem lá dentro e...tocando-Te fui estendendo a mão sem medos de arriscar entrar em portas que mão seriam ainda para mim no momento...no espaço...no meu eu.
Aprendi a estar atento, a ler sinais e a entender que estava de passagem...
Aprendi a suspirar em Ti...tocando-Te e vi com os meus olhos que havia sempre...mais uma porta ao lado...
Assim vou entendo a vida...a cada meio segundo e deixando que o mote seja uma frequência de via...
Tocando-te...Suspiro em Ti!
ResponderEliminarO título o corpo do texto, o seguimento das palavras e o fim ser a música.
Um bom momento que me ofereceste agora.
E o texto continua na musica, não é?
Beijinho Jorge.
Gostei de te ouvir na rádio, dá saudades de te ouvir e tocar.
As coisas andam, mas faz falta não desapareceres definitivamente e uma vez mais aprendo contigo que vais sabendo estar por perto. Como sempre inteligente, dando espaço aos outros de seguirem e assumirem.
Pena nem todos os que deixaste terem entendido e percebido a tua vida e maneira de estar nela.
Não aprenderam nada contigo.
Beijinhos
Verónica
Gostava de sentir dessa forma a vida, a cada meio segundo!
ResponderEliminarPor vezes estamos tempos infinitos sem conseguir realizar nada e sem nada no horizonte, simplesmente impávidos e quietos, comodistas!
Mas tu amigo, dizes coisas assim
"Aprendi a suspirar em Ti...tocando-Te e vi com os meus olhos que havia sempre...mais uma porta ao lado..."
E dizes tudo o que sempre foste e és para mim, um menino incansável, sempre pronto a deixar por vezes o conforto e a calma para se colocar a caminho de quem pede o apoio ou atenção.
Beijinho, tenho saudades tuas.
J.P.