terça-feira, 14 de setembro de 2010

Soubessemos nós amar mais…

Não, não vou definir amar porque não o saberia mas acho sempre que poderíamos amar mais e mais. O dia toca-nos com uma simplicidade e exigência que nos provoca essas vontades e que ao mesmo tempo faz ainda sentir mais as limitações. Mas, se não fosse assim não seria o mesmo desafio.
Cada vez acho mais que o desgaste do dia a dia será menos significativo quanto mais formos assim. E isso é também uma aprendizagem.

Aprender a amar mais a nossa profissão/ocupação, as pessoas com quem nos cruzamos todos os dias, principalmente aquelas que nos alteram os humores (a tolerar, pelo menos), as que requerem paciência, atenção, caridade, assumir uma tranquilidade que nos permita estar atentos a algumas facetas e ao interesse ou validade (quando parece desinteressante) do que nos vamos ocupando.

E ser mais activo a dedicado aos outros e às causas. Muita coisa nos cativa e atraí mas a realização pessoal só se consegue se passar também por aí!
Pode-se afirmar que isso nos pode pôr em causa, por vezes, o nosso percurso, o delinear dos nossos traços, por vezes com contornos frágeis. Mas se esses traços forem também sensíveis os contornos ganham outra nobreza, que um dia nos há-de dar identidade e carácter.

O nosso carácter pode ser assim, se quisermos, o de quem arrisca mesmo por algo que aparentemente possa parecer pouco, que não se acomoda.
Fala-se tanto de auto-valorização, de inteligência emocional…
Diz-se ridículo pôr-se a si em causa por um motivo que não nos pertence. Será?
 Pertence sim, porque somos de todos, porque pertencemos todos a um mundo que nos acolhe e nos pede que nos acolhamos nós também.


Pôr-se em causa? Mas isso é preciso ou não seríamos nós seres à descoberta de si. E não é por falta de inteligência, porque em determinado momento abdicamos de algo menor, mesmo que mais fácil, mas por haver algo mais importante e que trará um prazer diferente, o que vem de dentro e nos preenche. Falta de inteligência era se não averiguássemos os riscos. Mas podemos averiguá-los e aceitá-los na mesma. São eles que nos alimentam e enriquecem.








E muito mais se poderia dizer quando se olha à volta e se vêm iniciativas que são tão louváveis e, por outro lado, tanto povo parado, desacreditado.
Temos que nos deixar mover , escolher um dos lados… O que mais custa entendo que é o que nos fará pessoas mais felizes e conscientes.

Não é fácil começar, tomar essa engrenagem, mas por vezes são-nos dadas possibilidades e são  essas opções repetitivas que nos fazem embarcar e apurando os nossos traços intuitivos.

Saber amar não é um segredo que cabe a pessoas especiais que nasceram com um dom qualquer que não se consegue ver porque é mágico. Acredito que todos sabemos amar se aceitarmos amar, e isso virá a traduzir-se na nossa sensibilidade, perspicácia e opções.
Temos o nosso lado profundamente racional e egoísta, o que complica muito, mas pode-se tentar;)


Dito à moda americana – “Do you in or do you out!”  :pppppp


Escolho a imagem anterior porque queria postar um rosto. E é o rosto de uma criança que traduz a inocência de quem ama, o rosto dotado de desinteresse, a naturalidade de expressão e do gesto.

Na música não me safo tão bem. Deixa cá ver…

N era bem isto mas ate tem a ver.


Frequência de Vida...



Norah Jones Live Dont Know Why






E beijinhos para vocêsses :p

Post: Graciete Henriques 

1 comentário:

  1. gostei muito do teu texto, graciete. Impulsionar a vivência do amor fraterno, sincero, que se move e faz mover.Que nos leva, em suma, à VIDA!Como tb dizia no meu texto, temos de deixar de esconder as coisas boas.Não será que o amor tb precisa de um bocadinho de "marketing", não que esteja à venda, mas no sentido da promoção, do contagio salutar, de dizermos ao mundo que, se quisermos, sim, é possível.Alguem nos disse...que sim!

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