Não são brisas de frescura que percorrem os traços do meu rosto...aquela sensação de reabilitação diária está enevoada e os traços de luz custam a passar entre as partículas de matéria desmotivada e esvoaçada em pedaços.
O tempo parece não querer ter asas...
Mas tem!
Onde penso no bater lento destas quase como em forma de planeamento suave, sinto um bater forte e rápido sem aquela calma saudável e perspicaz!
O tempo quase que teima em me anular nos circuitos e distâncias mais audazes deste ser que sou eu.
Estas asas que me mostra não estão fortalecidas para um voo forte e rápido no tempo...
Mas o tempo tem asas!
E como ele gosta de as bater fortemente para que voe bem rápido.
Será um sentimento enganoso, mas sinto o tempo a voar numas asas que não são as dele...quase como que se enganando a ele próprio querendo chegar a algum lugar que...talvez nem ele sabe onde fica.
São correntes fortes onde estas asas batem...e como batem estas asas.

Os traços de todos os rostos andam cansados, cansados, cansados.
Interpelaria o tempo se conseguisse como uma única questão...
" - E se tu não tivesses asas?"
Mas que seria o tempo sem estas asas que colocamos nele...as asas que sou eu, que és tu! E então a melhor resposta que poderia ouvir dele seria...
"-Não voarias..."
"-Reinventa-te...és um Ser Humano capacitado para, ser realizável este desafio de Vida"
Nunca será fácil reinventar-me, mas é um tanto tentador como que alucinante conseguir sustentar-me neste desafio tão simples que complica tudo!
Estes traços de rostos cansados que visualizo no caminho estão a reabilitar-me. Não os quero ver assim...
Não me quero ver assim.
Quando o tempo não tiver asas...eu vou amarrar uma corda forte para o absorver, uma corda que o sustenha nas tempestades, mas que não o magoe e o faça sofrer.
Este tempo és tu...sou eu, não o quero magoado e triste de sofrimento.
Abraço e Beijinhos...Estava com saudades disto, deste sentimento de libertação.
Frequência de Vida:
Brandi Carlile - The Story