quarta-feira, 25 de junho de 2008

E se...o Tempo não tivesse asas!

As brisas andam estranhas e ferozes a cada entardecer.

Não são brisas de frescura que percorrem os traços do meu rosto...aquela sensação de reabilitação diária está enevoada e os traços de luz custam a passar entre as partículas de matéria desmotivada e esvoaçada em pedaços.


O tempo parece não querer ter asas...


Mas tem!


Onde penso no bater lento destas quase como em forma de planeamento suave, sinto um bater forte e rápido sem aquela calma saudável e perspicaz!


O tempo quase que teima em me anular nos circuitos e distâncias mais audazes deste ser que sou eu.

Estas asas que me mostra não estão fortalecidas para um voo forte e rápido no tempo...


Mas o tempo tem asas!


E como ele gosta de as bater fortemente para que voe bem rápido.

Será um sentimento enganoso, mas sinto o tempo a voar numas asas que não são as dele...quase como que se enganando a ele próprio querendo chegar a algum lugar que...talvez nem ele sabe onde fica.


São correntes fortes onde estas asas batem...e como batem estas asas.


Os traços de todos os rostos andam cansados, cansados, cansados.


Interpelaria o tempo se conseguisse como uma única questão...


" - E se tu não tivesses asas?"


Mas que seria o tempo sem estas asas que colocamos nele...as asas que sou eu, que és tu! E então a melhor resposta que poderia ouvir dele seria...


"-Não voarias..."


"-Reinventa-te...és um Ser Humano capacitado para, ser realizável este desafio de Vida"


Nunca será fácil reinventar-me, mas é um tanto tentador como que alucinante conseguir sustentar-me neste desafio tão simples que complica tudo!


Estes traços de rostos cansados que visualizo no caminho estão a reabilitar-me. Não os quero ver assim...


Não me quero ver assim.


Quando o tempo não tiver asas...eu vou amarrar uma corda forte para o absorver, uma corda que o sustenha nas tempestades, mas que não o magoe e o faça sofrer.


Este tempo és tu...sou eu, não o quero magoado e triste de sofrimento.






Abraço e Beijinhos...Estava com saudades disto, deste sentimento de libertação.



Frequência de Vida:

Brandi Carlile - The Story