O tempo vai passando, as horas vão dando o seu sinal e o mundo vai fazendo a sua rotação diária…
Elementos que constituem este mundo vão lutando pela sua sobrevivência e pela sobrevivência alheia. Construindo-se, crescendo, aprendendo, realizando o seu plano…
Mas quantas vezes esse mundo que tem o seu próprio ciclo PARECE andar ao contrario? Quantas vezes não paramos pensando que nada vale a pena na nossa vida? Que tudo parece se quebrar ao mínimo toque que possamos fazer? Passos insertos tentamos construir na nossa mente abusando da sorte de continuarmos parados neste mundo que continua incessantemente a girar sem retorno, sem ter de nós um passo exacto e firme.
Pois é, são esses passos insertos que nos fazem tropeçar em cada mínima saliência que a vida nos coloca no caminho…
Se a vida é feita para ser vivida incessantemente e tentarmos sugar todo o tutano que ela nos oferece porquê dar passos insertos? Colhe os botões de rosa que hoje te sorrirem , pois amanha poderão estar moribundos… quantos ensinamentos ouvimos todos os dias e certamente os damos, e quantas vezes é que estamos dispostos a cumpri-los? Quantas vezes é que estamos de braços abertos, com Ele assim o fez, ate mesmo no dia do seu julgamento para acolher tudo o que Ele tem reservado para nós?
Fica a certeza de que nós, raça humana, com tanto para dar, com as melhores características: movimento, sentimentos, alma, coração… ainda não sabemos o que é a vida na sua plenitude.
Assim como tantos, também caíste, junto a ti levaste todas as tuas ancoras que mesmo assim tentando, sabe-se lá como, agarram-te… noites que não passam, dias sem qualquer noticia, que nos levavam à loucura de te ver em sítios imagináveis, ouvir o sussurro do teu tom de voz no murmúrio de múltiplas vozes da multidão, imagens destorcidas pelo tempo do teu sorriso, do teu abraço, da tua mão, em memorias que doem pela ausência de tempos reais nelas. Quando me disseste que te tinha comigo e que tinha uma responsabilidade em minhas mãos, já tinha assumido a muito tempo essa responsabilidade porque te amo e irei contigo onde fores como se de uma parte integral de ti se tratasse, se sofri? Sim sofri muito mesmo nunca me senti tão impotente, sem saber o que fazer… noites a dar voltas na cama sem uma certeza, sem ter um pouquinho de ti… doeu. Sei que sofrerei ainda mais pois conheço bem as responsabilidades que carrego em cada olhar que me é concebido. E conheço bem o que é sentir que somos um. E sei que tb eu se cair levarei muita gente atrás, e elas tb serão ancoras para mim.
Não me nego nem por nada deste mundo a este sentimento que por vezes me corrói, pois depois o sopro é sempre mais leve e a alegria é sempre maior se te ouvir dizer “saÍ do casulo”
É verdade mano a lagarta fecha-se no seu casulo para se desenvolver e sair na beleza de uma borboleta, e sei que por vezes temos de nos fechar no nosso próprio casulo, mas ao contrario do ciclo da borboleta, nós devemos sempre deixar uma réstia aberta para que os nossos anjinhos da guarda poderem sempre olhar por nós. Embora consigamos sair de lá numa outra situação podemos estar tão presos que a saída se torna nula.
Hoje foi como se o sol voltasse a brilhar, ouvi palavras de força, palavras que fizeram com que as pernas tremessem e o coração saltasse… finalmente era o meu mano que estava do outro lado falar-me e a dirigir-me palavras de conforto… senti que todo o sofrimento tinha valido a pena e que o “ritual” não se desfez, depois da tristeza vem a alegria maior… uma paz iluminou depois de algum tempo de sombra em que nada sabia se não: “não te preocupes demasiado” algo que n gostava nada de ouvir e era algo evitado pois seria impossível de o fazer.
Uma luzinha de esperança…
Estas comigo… e sempre estarás
E Ele está e estará em nós.
Não vou parar de te olhar
Não me escondas tuas lágrimas como não me escondes o teu sorriso…
Amo-te muito meu maninho do coração.
És muito em mim sabes?
Não me abandones nunca.
Um grande Abraço mano
Frequência de vida para ti maninho, por te ver nela e por me refugiar nela quando estas mais ausente, encontrando-te nela “É isso ai” de Ana Carolina e Seu Jorge.
Nuwanda