quarta-feira, 28 de maio de 2008

"Para ti...Padrinho...Mano...Amigo" A leveza de um sopro…

O tempo vai passando, as horas vão dando o seu sinal e o mundo vai fazendo a sua rotação diária…


Elementos que constituem este mundo vão lutando pela sua sobrevivência e pela sobrevivência alheia. Construindo-se, crescendo, aprendendo, realizando o seu plano…

Mas quantas vezes esse mundo que tem o seu próprio ciclo PARECE andar ao contrario? Quantas vezes não paramos pensando que nada vale a pena na nossa vida? Que tudo parece se quebrar ao mínimo toque que possamos fazer? Passos insertos tentamos construir na nossa mente abusando da sorte de continuarmos parados neste mundo que continua incessantemente a girar sem retorno, sem ter de nós um passo exacto e firme.

Pois é, são esses passos insertos que nos fazem tropeçar em cada mínima saliência que a vida nos coloca no caminho…

Se a vida é feita para ser vivida incessantemente e tentarmos sugar todo o tutano que ela nos oferece porquê dar passos insertos? Colhe os botões de rosa que hoje te sorrirem , pois amanha poderão estar moribundos… quantos ensinamentos ouvimos todos os dias e certamente os damos, e quantas vezes é que estamos dispostos a cumpri-los? Quantas vezes é que estamos de braços abertos, com Ele assim o fez, ate mesmo no dia do seu julgamento para acolher tudo o que Ele tem reservado para nós?

Fica a certeza de que nós, raça humana, com tanto para dar, com as melhores características: movimento, sentimentos, alma, coração… ainda não sabemos o que é a vida na sua plenitude.

Assim como tantos, também caíste, junto a ti levaste todas as tuas ancoras que mesmo assim tentando, sabe-se lá como, agarram-te… noites que não passam, dias sem qualquer noticia, que nos levavam à loucura de te ver em sítios imagináveis, ouvir o sussurro do teu tom de voz no murmúrio de múltiplas vozes da multidão, imagens destorcidas pelo tempo do teu sorriso, do teu abraço, da tua mão, em memorias que doem pela ausência de tempos reais nelas. Quando me disseste que te tinha comigo e que tinha uma responsabilidade em minhas mãos, já tinha assumido a muito tempo essa responsabilidade porque te amo e irei contigo onde fores como se de uma parte integral de ti se tratasse, se sofri? Sim sofri muito mesmo nunca me senti tão impotente, sem saber o que fazer… noites a dar voltas na cama sem uma certeza, sem ter um pouquinho de ti… doeu. Sei que sofrerei ainda mais pois conheço bem as responsabilidades que carrego em cada olhar que me é concebido. E conheço bem o que é sentir que somos um. E sei que tb eu se cair levarei muita gente atrás, e elas tb serão ancoras para mim.

Não me nego nem por nada deste mundo a este sentimento que por vezes me corrói, pois depois o sopro é sempre mais leve e a alegria é sempre maior se te ouvir dizer “saÍ do casulo”

É verdade mano a lagarta fecha-se no seu casulo para se desenvolver e sair na beleza de uma borboleta, e sei que por vezes temos de nos fechar no nosso próprio casulo, mas ao contrario do ciclo da borboleta, nós devemos sempre deixar uma réstia aberta para que os nossos anjinhos da guarda poderem sempre olhar por nós. Embora consigamos sair de lá numa outra situação podemos estar tão presos que a saída se torna nula.

Hoje foi como se o sol voltasse a brilhar, ouvi palavras de força, palavras que fizeram com que as pernas tremessem e o coração saltasse… finalmente era o meu mano que estava do outro lado falar-me e a dirigir-me palavras de conforto… senti que todo o sofrimento tinha valido a pena e que o “ritual” não se desfez, depois da tristeza vem a alegria maior… uma paz iluminou depois de algum tempo de sombra em que nada sabia se não: “não te preocupes demasiado” algo que n gostava nada de ouvir e era algo evitado pois seria impossível de o fazer.

Uma luzinha de esperança…

Estas comigo… e sempre estarás

E Ele está e estará em nós.

Não vou parar de te olhar

Não me escondas tuas lágrimas como não me escondes o teu sorriso…

Amo-te muito meu maninho do coração.

És muito em mim sabes?

Não me abandones nunca.

Um grande Abraço mano

Frequência de vida para ti maninho, por te ver nela e por me refugiar nela quando estas mais ausente, encontrando-te nela “É isso ai” de Ana Carolina e Seu Jorge.





Nuwanda

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Perto de...me perder.

Que lugar é este?
Não te conheço, não encontro nada parecido com qualquer pormenor visto noutro local vivido.

Onde me queres levar? Onde pretendes mostrar-me a saída?

Estes não são os caminhos que me tinhas prometido, não são estas as realidades que me ofereceste em sonhos tão meus...mas fabricados pela Tua mão!

Desconheço este chão que piso, não entendo as razões nem a Tua indiferença perante tal cenário montada assim como que por mãos feias e vorazes de alma e carinho.
Não visualizo as questões sequer para as conseguir tentar colocar...que se passa?

Encontro-me sustentado quase por um fio de ténue resistência...perto de me perder em destroços, onde outrora eram sustentações fortes do meu ser.


Queria sentir as imagens que me ajudaste a fabricar, sentir o sabor e mais...prova-las com o cheiro da presença e as palpitações da vivência delas.

Não pode voltar a acontecer memórias esquecidas naquela caixa selada com o esquecimento.


Tinhas prometido que esta era a chave e o código mais difícil de abrir e nada iria conseguir lá chegar.









Não me faças destruir aos poucos porque não sou mais uma criança que não percebe o que se passa à sua volta e vai doer muito...

Peço-Te!







terça-feira, 20 de maio de 2008

Porquê Permanecer Aqui?

Qual a verdadeira razão de uma persistência? Mesmo que simples que ela seja?

Em que ponto acentuas tu a tua força para lutar sem limites? Se a inconstância das tuas certezas te fogem por entre os dedos de uma mão fechada. Estarás tu impossibilitado de cerrar por completo esta mão de qualquer fuga?

Ou sentes-te incapacitado de proteger a tua própria fragilidade!

Talvez não exista fragilidade em algo especial como tu. Mas de novo que algo especial és tu, afinal?

Tantas pegadas que as ondas não conseguem apagar e tu...não percebes o porque de permanecer aqui, assim à espera que elas desapareçam.

Parece que queres ser o mar, para que assim de uma forma mais forte conseguisses apagar todas estas pegadas que de tão profundas não desaparecem.

...e nunca iram desaparecer, já vais percebendo com o passar das ondas.

Perguntas-te repetidamente do porquê continuar aqui, neste canto que parece teres feito ninho e estagnado numa ânsia obsoleta de estar protegido e seguro de tudo.

Mas a verdade é que estás seguro do nada!E apetece-te virar as costas a tudo e partir.

Forte esta palavra não é? Mas é interessante. Assim como que passando por uma palavra vã e sem interesse de dádiva e afrontamento pessoal, ela mostra-te que estás errado. Afinal para ela surgir é porque houve relevância suficiente para a expores ou te ser aferida à tua pessoa.






Quando pensas que o Mundo nada espera de ti, afinal percebes que para ele não esperar nada de ti é porque na verdade conta contigo, mais que não seja para estares calado ou te rebaixar.
Mas esta palavra é tão forte que consegue dar-te a coragem para tudo se quiseres, afinal se o Mundo nada espera de ti, vais ter que lhe provar que está errado e então cresces e percebes que afinal...afinal o Mundo só te quer provocar e fazer-te acordar para ele.

Porquê permanecer aqui. Aqui longe de mim, quando estou tão perto como o odor deste meu próprio corpo que deambulo pelas ruas.


Porquê?




A Frequência de Vida de Hoje é esta:



Coldplay - See You Soon



quarta-feira, 7 de maio de 2008

Delineamento!

Apetece-me dizer imensa coisa.

Estou cansado e não quero dize-las! Ou talvez sim.

Não sei, vou delineando cada curva de ângulo recto, onde não existe esquadro ou régua que sirva para definir este traçado.

Mas existe isto...














Beijos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Desassossego sossegado...

Como poderei eu definir o espaço e o tempo? Como serei eu capaz de seguir um rumo sempre certo se...

...a incerteza se encontra comigo também!

Talvez seja este aquele caminho que estava desenhado numa página cheia de rabiscos confusos numa tentativa de estabelecer um projecto...

A verdade é que é assim que me surgiu sempre um projecto final, foi sempre assim que começou qualquer estudo para um traçado de uma via de comunicação, para uma ideologia de estrutura de edifício de habitação...para uma ideologia de realização pessoal.

Sempre comecei alguma ideia numa época de estudante com uma folha de rascunho...onde tudo estava na cabeça e ainda era difícil estabelecer os riscos certos e finais directos...sem erros...sem obstáculos...sem falhas...

...é engraçado, hoje abri a porta fechada à mais de 6 meses, onde guardei tudo o que trouxe de Leiria, desfolhei páginas de livros de cálculos sem fim...que sempre me levaram a estuda-los e a desenvolver ao máximo as minhas capacidades.

Hoje abri esta porta com "um bom dia com muita alegria" expressão que recebi numa mensagem e que um dia alguém me ensinou ( Pe. Rui Barnabé )grande amigo que tenho muitas saudades também.

Enquanto vou desfolhando os livros recordo-me que tinha um ficheiro onde guardei sempre os meus esboços de todos os começos de um projecto...reparo que tenho um traço muito característico e quase que com toda a certeza do mundo sou capaz de dizer que os meus inícios são muito confusos...da mesma forma que digo com toda a certeza de uma realização pessoal, que todos eles foram tendo um final perto do excelente tanto na avaliação exterior como na minha própria avaliação.


Sou um apaixonado sem resistência e enfio-me de cabeça em todos os projectos que aceito de uma forma que me leva ao desgaste...
Sonhei com uma realidade perfeita de debate e tentativa de fazer diferença na evolução de um país e de uma humanidade que anda sombria e apagada de Vida, mas não sei se vou conseguir!

Nunca rasguei nenhum rascunho meu...mas hoje fiz algo que nunca pensei fazer. Queimei grande parte de folhas soltas, penso que foi numa tentativa de fuga ao amarar-me às coisas que tenho.
Afinal...estava muito errado quando pensei que poderia fazer a diferença, quando imaginei que ia ser tudo uma evolução de um próprio ser...o meu ser!

Mas este dia é diferente por imensas coisas, porque acordei com aquela expressão que aprendi a usar frequentemente com os meus amigos..."Bom dia com muita alegria" :) bigado, soube bem sabes?.


É verdade que os meus sonhos estão estagnados e quietos em alguns aspectos, porque não tenho tempo nem vida própria.

Mas vou ter...vou ter.


Até lá aguardo com calma e lutando para não me deixar cair de mim próprio, afinal sou um ser que gosta de sorrir e não de ar triste ou magoado com o tempo...ou Vida...mas vou sorrindo com pessoas que me amam e lutam por mim.

A todos estes que sabem que o fazem deixo-vos este sopro de Vida com um ar a frescura e mudança, ok.



Beijossssssssssssss e Abraçosssssssssss para todos ;)



Frequência de Vida:

- Pedro Abrunhosa "Pontes Entre Nós"