segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tu e eu...ambos!



O que seria de ti se tu hoje sentisses o teu corpo a soltar-se de ti e tu ali a vê-lo partir sem a capacidade de o segurar.
Se as palpitações te estremecessem tanto que o controlo nunca absoluto, fosse tão "carnalmente" visível desta vez, que nada em ti conseguias orientar.

O sentimento do cada vez mais nada ser real e a própria realidade ser uma história escrita...por alguém que não por ti!

Fugirias de ti com suores no corpo, ou seguirias na tua procura com um soltar possivelmente agreste, mas calmo.

Chegar a sentir que nada por vezes é aquilo que sonhas ou os sonhos que fabricas...

Serão as luzes um amanhecer depois de outro anoitecer, ou será apenas mais uma lacuna em tonalidades de brilho que fez o teu dia colorido!

Não sentes que existem páginas sem fim escritas num livro gigante que tu vais folheando dia após dia na ânsia de alimento da tua alma, na procura de que na página do dia seguinte alguns sonhos...possam surgir e ganhar estrutura!

Não me vejo como um número numa página enumerável. Não seria cativante ser tão pequeno em algo tão gigante que eu tenho o privilégio de fazer parte.

Tu e eu...ambos, sabemos que não seria justo, tu e eu nunca deixaria-mos de amar assim.



                                                                             Frequência de Vida.

Ambos amamos muito, tu e eu temos voz...podemos falar, temos rosto e podemos sentir, temos magia e podemos realizar...

 

O tempo são marcas num papel, num rosto, no próprio tempo...e em cores iguais às de um fundo preto tu me vais encontrar.


Alguns apenas lêem, mas tu e eu podemos escrever...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Medo faz-nos...SÓS!




As estrelas são aquelas luzinhas lá no cimo que brilham com uma intensidade muito própria e prematura. Pequenos universos possíveis de criação em seu redor são certezas incertas, mas com tentativas de convicções!

O tempo já passou tantas vezes por lugares iguais e as barreiras nesse tempo?! Existem?

Nasce mais um dia e hoje parece não haver vencedores, mas apenas assim um fresquinho a tender para um frio mais agreste. Será o Inverno a chegar com atitude? Pelo menos seria bom ver e sentir algo com esta força e peso.

Mas será que os céus se vão rasgar como chuva neste Inverno...será que o Inverno percorrerá o teu rosto, será que ele se apresentará com atitude...


O tempo parece ser Medo e este Medo faz-nos sós tantas vezes! Afinal qual é o truque para este apostar que sentes? Não será o teu pequeno espaço enquadrado em quatro paredes como o teu lugar íntimo, o teu quarto, que te estará a prender num lugar paralelo à tua existência?

Por vezes a ténue luz que deixas chegar a ti, impede-te de ver o q
ue é maior aqui. O esquecimento apresenta-se e deixas de apostar em...ti.


O fugir não deixa aquecer o teu lugar e dificulta esse encontrar.

Esperar por mais um dia...querer ficar...não saber largar...

Deixar lavar o sujo que tu sentes, mas não saber como ainda!

Se pelo menos Tu pudesses levar tudo desta vez sem se sentir, sem a dor de reconhecer o aceitar...o aceitar que faz parte e o assumir que é parte deste jogo da vida!




Frequência de Vida...



"O Jogo"
Tiago Bettencourt