terça-feira, 14 de outubro de 2008

Perdido na Minha própria...Natureza



Que se passa com o mundo que me rodeia?

Nada, não se passa nada. É isto mesmo que descubro neste exacto momento em que escrevo estas palavras.

Onde andam as respostas?! Onde andas Tu?

Estes não são os meus olhos, eu quero-os de volta...por favor, peço-Te! Sinto que nada sei, tenho certezas de tudo o que lutei para nunca sentir.

Medos!

Angústias!

Indecisões!

Incertezas!

Que Lacuna profunda e persistentemente teimosa, sem sabor teima em me arrastar. Não quero ir, mas já não sei como ludibriar mais esta falta, esta ausência.

Havia sempre aquela palavra, aquele afecto...aquela dureza de uma certeza mesmo que duvidosa, padecia de uma segurança forte vinda da tua boca e gestos.

A minha Natureza fugiu-me sem eu a conseguir agarrar e neste deambular sinto-me perdido de novo na minha própria essência. A persistência parece esgotar-se com o percorrer dos dias e a cada segundo que passa.

Não entendo as coisas boas que me estão a ser oferecidas e não sei que opções tomar e...começo a ficar farto de tudo e todos.

Foste...sinto-me com um nó na garganta e onde noutros tempos desatava-os em outros seres, agora sinto as minhas próprias mãos atadas e não decifro o código do desatar deste nó estranho e cheio de vivacidade. Tu eras demasiadamente importante já o sabia, mas como sempre sentimo-lo fortemente com a perda definitiva e intemporal.

Homem dos conselhos, Ser Humano incrivelmente bonito que simbolizavas uma vida cheia de coragem e risco...contigo sabia sempre bem ir de cabeça, as tuas palavras eram sábias e ficavas sempre na retaguarda para acolher e proteger quando sabias que o risco não era um risco calculado e sim um bater de cabeça.





Tu sabias ensinar...




Era em ti que encontrava uma Natureza muito minha e com vontades fugia, cometia loucuras, saltava no ar sem ninguém ver.

Tu sabias quando eu voava e isso deixava-te feliz, tu sabias quando caía e isso fazia-te sofrer.

Agora sinto-me sozinho no meio de tantos amigos que ñ me querem ver mal, na pequena família que somos agora...


Só quero encontrar-me, só quero sentir o meu coração a palpitar ao ritmo normal da exigência de cada situação e momento e não estou a conseguir, está a bater sempre muito forte e assim não vai dar.

Sinto-me Perdido, com uma vontade ofegante de me reencontrar quanto antes e sentir de novo pelo menos um bocadinho da felicidade e gosto de viver que outrora sentia.

É! A melhor frase que definiria talvez o que sinto era, perdido na minha própria natureza...preso em cadeados frios, onde nada me faz sorrir um pouco, assim naturalmente.




Uma Frequência de Vida...sei lá!






Sim esta é para ti, amigo...amor da minha vida...meu Pai. Sempre te amarei demais...sempre.





Eva Cassidy Fields Of Gold












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