terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

...uma...primeira Tentativa!




Caminhas comigo?...

Ainda permaneces aí?


Consegues escutar-me no barulho que corre comigo no silêncio das palavras, escutas-me?

Só...

...não consigo correr tão rápido! e nem sei porque o quero às vezes.

Talvez seja o momento para não conseguir ouvir, não conseguir voar, não conseguir resistir aos limites desta vida.
...talvez seja o momento de andar perdido. Afinal eu sou...apenas um ser humano.

Não consigo dizer o que realmente vejo, não furo a sombra e de certo modo sinto-me a navegar com esta realidade sem fazer qualquer força para mudar este rumo sem destino...

Aquele plano!

O plano que procurava junto a Ti...onde anda? E en
tre dois mundos reais Deixas-me a caminhar sem reagires, sem sinais visíveis pelos meus olhos.
Não consigo perceber e custa-me aceitar que está tudo bem.

Será que Te estou a desafiar? serei eu alguém no fumo que saí da terra ao amanhecer...o calor?
Sinto-me a vaguear pelas várias realidades e em momentos puros liberto-me em mim e sinto aquele sabor a vida...mas em outros liberto-me em prisões que sempre protegi os outros de as encontrar...e gosto também desse sabor.

Terei eu que lutar contra os meus limites? Até quando?...

Quase me colocas de novo assim...como vivendo a minha primeira tentativa, será isso? Uma primeira tentativa onde os desafios são mais duros e eu tenho que os viver e suportar para encontrar neste nevoeiro matinal o caminho que ele ainda não me deixa ver...?

Eu sou apenas...eu, aceitas-me assim?

Fazes também tu uma nova primeira tentativa comigo? Se for isto mostra-me, porque ando surdo, cego e o suor custa a sair-me da carne. O sangue não corre da mesma forma e eu não aguento tanta indiferença, sem perceber se a é pelo menos!

Vou acreditar cegamente em Ti e entender isto tudo como...uma primeira tentativa!


...



Frequência de vida...





...é! é a isto que me refiro, obrigado.







Tracy Chapman - First Try







2 comentários:

  1. Não queria...mas vou arriscar, talvez porque queiras ler algo, ou talvez até não, mas vou escrever.

    Sabes, sempre insisti contigo, quando me davas a oportunidade de falar contigo, que sim...és Humano, sensível, com sombras, com problemas, com limites, com caminhos que também tens que escolher e nem sempre são os certos.

    Não sei escrever como tu, sou mais explicita digamos, mais transparente e não sei se compreendo sempre o queres dizer... aliás, sei, raramente compreendo...

    Mas Confusão, incerteza, errar, tentar, querer uma resposta d'Ele, uma luz d'Ele, um sinal de confiança .... tantas palavras que podia escrever, mas não sei escrevê-las como tu...

    Tens o dom da palavra, mas não tens soluções para tudo e por vezes o mundo tb te desaparece por baixo dos pés e ficas perdido, cheio de incertezas e de "coisas" para decidir... é assim a vida, nada certa, nada linear, muito complicada por vezes e troca-nos todos os sonhos, os projectos que temos como certos, as realidades que temos como certas...tudo pode mudar...

    Eu também sei isso, quantas vezes a minha realidade não mudou, quantas vezes não senti o mundo debaixo dos pés, quantas vezes não tive que refazer os meus sonhos...
    Mas sim Ele ajuda, Ele está lá, aqui, sempre...mas também como tu, tens que o aceitar como Ele é...

    ...ou será que não tens que te aceitar simplesmente como és e alterar um bocadinho...já me disseram isto tantas vezes sobre a minha maneira de ser!!!

    Não sei a tua realidade neste momento, mas sei que já senti muitas das palavras que escreves-te e não é fácil...

    Aceita a espera, aceita as sombras por vezes, mas não fiques sentado...

    O plano continua ...

    "Terei eu que lutar contra os meus limites? Até quando?..."

    Não sei...mas vais conseguir...

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  2. Porque hoje apetece-me começar pelo fim... Apetece-me misturar tudo... Apetece-me quebrar limites e contrariar a normalidade...

    Primeira Tentativa

    Não se pode correr rápido o suficiente
    Não se pode esconder, eu não posso voar
    Estou a lutar contra os limites desta vida ordinária

    Eu sou somente uma primeira tentativa

    Eu sou somente uma primeira tentativa

    Não se pode ouvir o que tu dizes
    Não se pode ver através da luz
    Estou a lutar contra os limites dessa vida ordinária

    Eu sou somente uma primeira tentativa

    Eu sou somente uma primeira tentativa

    Não posso dizer o que eu significo
    Não posso amar com o coração
    Não posso confiar na piedade e na bondade do mundo
    Não posso aprender a aceitar o que é bom
    Para lutar com os limites desta vida ordinária

    Não posso ser
    Somente uma primeira tentativa
    Não posso ser
    Somente uma primeira tentativa

    Somente uma primeira tentativa

    Então e se tudo isto for uma primeira tentativa? Limitas-te a entender? Será que te resignas a ser somente isso... uma primeira tentativa?

    Com mais ou menos dúvidas vais percorrendo um caminho só teu, onde sopram novos e velhos ventos, onde se instalam novos nevoeiros, onde caminhas por entre nevoeiros já existentes... Cais e voltarás a cair muitas mais vezes... Levantas-te porque tens um cajado que te acompanha diariamente... E tens o direito também de parar, olhar para trás e contorcer-te perante as incertezas típicas de um ser humano. Porque tu és um ser humano, nunca deixaste de o ser, mas já te esqueceste muitas vezes disso... Faço-te emboscadas vezes sem conta para simplesmente te sentir assim... como humano. Porque não te sei sentir de outra maneira... Porque não o quero sentir de outra maneira...

    Tu sabes perfeitamente o que permanece junto a ti. Sabes com o que contar por muito que te sintas surdo, cego, e com o suor a custar a sair da carne. Ele está lá a cada novo acordar. Ele está em ti e tu sabes e sentes isso. Tu queres senti-lo como eu tantas vezes te quis sentir... e sabes o que me disseste? Irás sentir quando assim for necessário, quando assim tiver que ser... Então interioriza as tuas próprias palavras e acredita cegamente que Ele trará até ti, não respostas, mas sinais para tu elaborares a tua própria resposta. A resposta aos teus anseios, às tuas dúvidas, às tuas incertezas... Isto tudo porque cabe-nos a nós escutá-lo no barulho que corre com ele no silêncio das palavras...

    Tu escuta-Lo? Tu escutas-te? Tu escutas-me?

    O que ouves? Atropelos de sons. Atropelos de sensações. Atropelos de libertações. E queres correr delas... rapidamente... Com que intuito? Para quê Jorge? Acabarás por deixar de prestar atenção aos sinais que pedes...

    Tu dizes... "Talvez seja o momento para não conseguir ouvir, não conseguir voar, não conseguir resistir aos limites desta vida...talvez seja o momento de andar perdido. Afinal eu sou...apenas um ser humano."

    Eu digo... "É o momento disso tudo se servir para te encontrarares. É o momento de olhares para ti, mas olhares bem lá no fundo e, por mais merda que vejas, teres a noção que és humano e que só com muita persistência conseguirás mudar isso... Isto se o quiseres fazer claro... Mas para nos mudarmos, para irmos de encontro ao que queremos ser e ao que achamos que é o melhor para nós, muitas vezes temos de quebrar os limites... Só que até o fazermos, isto se alguma vez fomos corajosos o suficiene, é mais que certo que naveguemos realidades, sentindo que estamos completamente sem rumo..."

    E tu desafia-Lo todos os dias, como Ele te desafia a ti. E Ele gosta disso... Tal como tu gostas que te desafiem. Tu vives disso. Secalhar, não são assim tão diferentes nos anseios. Secalhar aprendeste bem demais a lição que Ele te ensinou... Mas também aprendeste a criar o teu mundo de defesa, aquele mundo que é difícil de penetrar, que necessita de muita luta para lá chegar. E isto já implica uma certa transcendência que impões aos que caminham até ti. Porque o fazes? Não sei... ou secalhar até sei bem demais. Mas já chega.

    Porque não és simplesmente o calor? Porque não te simplificas nas outras vidas? Porque não te envolves?

    Mais cedo ou mais tarde irás tomar uma decisão ou podes adiar até te sentires saturado... mas aí irás deixar de vaguear para assumir um caminhar não certo mas mais firme e decidirás o sabor que realmente queres para ti.

    Irás lutar contra os teus limites? Não sei... Queres fazê-lo? Mas se quiseres... Até quando o farás? Até os quebrares de uma vez e te sentires ainda mais perdido? Ou essa quebra levar-te-à ao mundo que sempre quiseste descobrir, explorar?

    O plano está lá, está cá juntinho a nós. Ele não deixa de existir só porque não o vês. Não estarás tu tão cansado que simplesmente não vês o que está bem visível? Ele não tem que reagir aos mundos que decidiste caminhar. Tu tens que reagir a eles. E não podes aceitar que está tudo bem porque este post é a prova disso.

    Há muita coisa que não conseguimos perceber, não conseguimos ligar... Mas ninguém nos pode confundir os sentimentos. Ninguém pode retirar o que sentimos das pequenas viagens que fazemos, ninguém nos pode enganar quanto àquilo que sentimos quando nos olham com ternura, quando nos abraçam fortemente, quando nos magoam com verdades duras. Ninguém te pode roubar a veracidade que sentes nos pedacinhos das tuas histórias... Se sentes, se queres, se anseias, se achas que é real, se sentes que é verdadeiro... faz uma tentativa. Se é como a primeira ou não já é contigo. Eu gosto simplesmente de tentar, porque cada tentativa é única e por ser única liberta-me e dá-me vida. E Ele não quer que nos arrependamos delas...

    Mas com o passar do tempo, os desafios dessas mesmas tentativas serão cada vez mais duros porque as tentativas serão cada vez mais elaboradas...

    Mas tu conseguirás ver o que o nevoeiro não deixa... Mas aguarda, espera, vive.

    Queres que te aceite? Mas dizes que és apenas tu... E eu questiono-te... Como és tu? Confuso, humano, pecador, sonhador, transcendente, libertador, amigo, persistente, frágil?

    Eu aceito-te como um merdas confuso mas que ao mesmo tempo tem consciência do que faz, que não quer desistir do seu plano mas também se acha frágil e cobarde para o conseguir na sua plenitude. Adoro-te por seres humano, por teres dúvidas. Mas tens um valor que nem sempre queres ver. Por isso abre os olhos, deixa-te ir... Porque a indiferença só existe se não a esclareceres.

    Age!

    Gosti com purpurinas *

    Beijinho gande*

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